sexta-feira, 24 de junho de 2016

Vender ou não? Eis a questão


Esta semana Carlos Vieira deu uma entrevista ao JN afirmando que não há necessidade de fazer vendas. Algo também dito anteriormente por Bruno Carvalho nos últimos tempos, extremado até com a rábula da proposta dos supostos 80 milhões.

O Sporting subiu a massa salarial com a contratação de Jorge Jesus e jogadores mais bem pagos na última temporada e a massa salarial duplicou, rondando os 50 milhões.
E com receitas a nível de Champions, Direitos Tv, Vendas pouco significativas de activos e outras receitas, o Sporting acha que consegue alcançar o breakeven, e por isso não tem défice de tesouraria e não há necessidade de realizar encaixes financeiros dos seus principais activos.

Não sei até que ponto esta estratégia é para manter, é apenas temporária, devido ao grande desejo de voltar a ser campeão nacional e as exigências de Jorge Jesus em querer manter os principais jogadores.
No entanto, acho que não é sustentável a médio-longo prazo.  O Sporting tem que aproveitar vender os seus principais activos quando estes atingem o pico da valorização, e tem que ter um scouting capaz de substituir sem grande alarmismo jogadores titulares.
Não pode voltar a acontecer a substituição de jogadores como Eric Dier e Marcos Rojo, por jogadores como Paulo Oliveira, Naby Sarr e Ramy Rabia.
Por exemplo, Islam Slimani está no pico da sua valorização com 28 anos, e uma época recheada de golos.
A não venda de jogadores também não permite ao Sporting ter liquidez para reforçar-se com jogadores mais capazes de fazer a diferença no imediato.
Alan Ruiz, Petrovic, Spalvis são contratações para dar profundidade ao plantel e tenho dúvidas que se consigam afirmar no imediato no 11 leonino, não querendo isto dizer que sejam más contratações.

Temos a necessidade de reduzir a nossa dívida bancária e ir começando a pagar as VMOCS.
Acho que o Sporting tem que melhorar a estrutura de Scouting, quiçá acrescentar uma mais valia para esta área, para que a venda de um jogador titular não seja um bicho de 7 cabeças como tem sido ultimamente.

Respeito esta estratégia adoptada, reafirmando que acho que é mais temporária do que efectiva, e veremos as vantagens e desvantagens que irá ter no futuro.

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